domingo, 3 de abril de 2011

Tudo, tudo , tudo ...


Não é seu e não basta querer. As pessoas se tratam como projetos.
O charme mesmo é não ser absolutamente nada,
é não ser de ninguém além de você mesmo.
Estou aprendendo o mecanismo do desapego,
estou descobrindo o quanto é interessante esquecer do material
e se ligar a este planeta pelo simples fator da existência,
sem precisar provar nada a ninguém.


A verdade é que a gente vai embora a alma vai e o corpo fica,
então por quê se apegar a qualquer coisa? estou no fundo da cadeia alimentar
e tudo o que eu mais quero agora é enfiar meu pés na água salgada do mar.

Sempre que fecho meus olhos imagino todo mundo com seu nariz de palhaço,
e percebo o quanto é irrelevante qualquer forma de desprezo.
Não vale a pena lutar com uma coisa que não significa
absolutamente nada pra você.

Eis aqui o sabor do meu doce e maravilhoso sarcasmo,
ele é tão suculento quanto uma maçã podre.
Tudo se tornou tão cansativo pra mim quanto a América Central.
Evito a o som da minha voz com meu silêncio cortante
e ouço o eco maravilhoso da insignificância do meu ser.

Essa sou eu num universo solitário e habitado de idiotas.
O que me conforta é saber que terá um fim um dia.
Não seremos lembrados, então não tente ser inesquecível.

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